19 de junho de 2010

Portal Ambiente e Planeta Azul


Um dia no NRP Almirante Gago Coutinho



2010-06-18

Depois de vários dias a navegar no Creoula, a imponência quase bélica do NRP Almirante Gago Coutinho impressiona. O veleiro, mais silencioso e com um convés amplo, contrasta com este navio, já que a vida da guarnição e dos cientistas é feita maioritariamente dentro do barco. 
No primeiro piso, fazem-se os preparativos para o lançamento do ROV Luso, um aparelho que está a ser testado pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) e que serve para filmar e recolher amostras do fundo do mar, até uma profundidade de seis mil metros. Aqui, ao largo das Selvagens, o aparelho só terá de descer até aos dois mil, que é a profundidade da zona. 
Depois de alguns testes feitos na noite anterior, o ROV Luso está quase pronto a submergir. Para além dos técnicos que coordenam a submersão do aparelho, que desce a uma velocidade de 1000 metros em cada hora, há uma sala de controlo, na qual os cientistas vão observando as profundezas através da câmara e fazendo censos.
Manuel Pinto de Abreu, o chefe da EMEPC e comandante reformado da Marinha, está de atenções viradas para o aparelho, tão importante para o meio científico e para a divulgação do trabalho da estrutura. Fala constantemente através do intercomunicador e, apesar da aparente serenidade, é possível vislumbrar alguma ânsia para que tudo corra conforme previsto.
Para além do ROV Luso, há ainda mais dois ROV que irão filmar a menos profundidade, bem longe das zonas onde os mergulhadores do Creoula fazem as raspagens e recolhas todos os dias, através de mais de uma vintena de biólogos e três especialistas em mergulho, cujo trabalho é manter a segurança e os procedimentos dos mergulhadores.
Autor / Fonte
Diana Catarino

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