«Não há grande diversidade de peixe nas Selvagens»
2010-06-25Apesar da pouca pressão humana e ao contrário do que se poderia pensar, as águas das Selvagens não são prolíficas em espécies de peixes. Quem o diz é Nuno Rodrigues, que faz parte da equipa dos etiólogos que integram a expedição às ilhas Selvagens.
O trabalho da equipa é feito no subtidal, ou seja, desde a linha da superfície até 30 a 40 metros de profundidade. «O meu trabalho aqui reside essencialmente na avaliação das espécies de peixe que por cá existem, os tamanhos, no fundo, caracterizar a biodiversidade etiológica que existe nas Selvagens», adianta o investigador.
A conclusão do grupo, depois de uma semana de mergulhos, é a de que a biodiversidade nas águas em redor das ilhas não é imensa, apesar de ser uma zona isolada e com pouca pressão antropogénica. Ainda assim, podem-se encontrar bodiões, castanhetas e peixes maiores, como o mero ou o peixe-cão.
«São águas no meio do oceano, pobres em nutrientes e o que se verifica é que as espécies que aqui residem não são assim tantas. Os mergulhos ao fim de algum tempo acabam por não trazer nada de novo, a informação vai sendo um bocadinho repetitiva», reafirma.
Em terra, Nuno Rodrigues faz parte do Sea Life, no Porto, um aquário que abriu há cerca de um ano. «Faço parte da equipa de biólogos que asseguram o bem-estar animal, desde a preparação das alimentações à manutenção de equipamentos vários, limpezas gerais dos tanques e procedimentos veterinários básicos. Temos superado largamente as expectativas em número de visitantes», remata.
Autor / Fonte
Diana Catarino
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