Creoula testa dessalinizadora em missão da EMEPC
2010-06-30Foi essencialmente devido à duração do trabalho da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) a bordo do Creoula que a Marinha decidiu instalar uma dessalinizadora a bordo, cuja água é usada para banhos e para cozinhar.
Este sistema de dessalinização, ou osmose inversa, tem a capacidade de produzir 250 litros de água doce, depois de aspirar 1000 litros de água a cada hora. Sobram 750 litros de água salgada que voltam ao mar, para ser aspirados na hora seguinte.
O sargento M.Q. Sousa, um dos responsáveis pelo sistema, sublinha que, para além de ser preciso cozinhar e lavar louça de cerca de 90 pessoas, há mais de 20 mergulhadores a bordo que necessitam de lavar o material com água doce. «A previsão era de que o consumo iria ser elevado, por isso foi instalado o sistema para tentar minimizar os gastos», explica.
Apesar de o sistema não ter muita capacidade, o responsável defende que o navio tem boas reservas de água doce e que, por isso, só em missões excepcionais como esta se justifica. «Ainda por cima o processo não fica caro, não foi necessário instalar outro gerador, tem poucos custos de manutenção e de uso diário», sublinha o marinheiro.
Também a bordo, comandada através da sala de máquinas, existe uma ETAR, por onde passam as águas dos sanitários. Depois da decantação, as águas são encaminhadas para o mar, sendo que os resíduos sólidos depositados no fundo dos reservatórios serão removidos à chegada à base naval, no Alfeite, indo para aterro sanitário. «Apesar de a viagem ser longa, temos muita margem de manobra na ETAR, que tem a capacidade de 15 toneladas de resíduos sólidos», remata o sargento M.Q. Sousa.
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